terça-feira, 4 de março de 2014

Advogado Estradeiro!!!

Alguém um dia disse, Advogado sofre!!!

E para tirar nosso sustento sofremos mesmo.

Na semana que antecedeu o carnaval precisei ir à cidade de Pinheiro, era um alvará que eu tinha pra receber, e como todos sabem né, pra levantar um alvará o Advogado é capaz de atravessar a baía a nado. Imagina atravessar de Ferry Boat. Moleza!!!

Pois então me dirigi àquele inferno que é o terminal da ponta da espera, em dias que antecedem o carnaval já viu, de fato uma verdadeira sucursal do inferno.

Essa é a lata velha que eu embarquei, um tal Cidade de Tutóia


Era por volta das 11h30min da quarta-feira. Resolvi então deixar meu carro do lado daqui (São Luís), atravessei como pedestre, pensando que conseguiria dentro do Ferry uma van ou um ônibus que fosse até Pinheiro. Ora, qual não foi a minha surpresa, quando já embarcado dei-me conta de que no ferry boat não tinha van, micro-ônibus, ônibus, nada. Somente caminhões e carros de passeio.

Perguntei ao tripulante sobre as conduções coletivas, ele informou que alí era um Ferry extra, e que por isso não tinha nenhuma, somente no próximo que saíria em 2 hora. Não tinha como eu voltar, pois já havia desatracado.

Pensei, vou pedir carona! É o Jeito!

Chegando do outro lado (em Cujupe), não teve jeito, ou pedia carona, ou iria aguardar por 2 horas a chegada da próxima lata velha, resolvi pedir carona mesmo.

Andei por entre os carros analisando um a um, vi uns carinhas em um carrão de luxo, que confesso nem sabia qual era, mas eles pareciam que estavam já em direção à folia, achei melhor não. Olhei uma moças em um outro carro, pareciam pessoas legais e decentes, mas como só havia mulheres pensei que não ia querer dar carona pra um homem com uma mochila, vai que dentro da mochila tivesse uma arma. Olhei uma outra moça, estava sozinha, essa mesmo é que não daria carona, aí segui na minha análise, e a cada olhada uma justificativa para descartar a possibilidade de fazer o pedido.

Improviso de carona no caminhão da Casa do Guaraná
Passei então à olhar para os caminhões, a maioria com a boléia lotada. Até que olhei um caminhão baú, estava só o motorista, um rapaz novo, parecia boa pessoa, pensei, vamos lá! Cheguei perguntei se ele esta indo pra Pinheiro, ele disse que sim, perguntei se ele podia me dar uma carona, ele pensou por uns instantes, e antes que me desse a resposta já entreguei um cartão, ele então continuou, e me disse pra subir. Beleza!!!

Fomos então em direção à Pinheiro. O cara conversava pouco, mas me disse seu nome, Wenderson, pelo que eu me lembro era esse o nome, e disse que trabalhava para um comerciante em Pinheiro, Ivaldo o nome do patrão dele, dono da Casa do Guaraná. O caminhão estava carregado de água mineral, por isso andava meio devagar, até mesmo por que carregar água não é nada fácil, o balanço da água pode tirar a estabilidade do 'bicho', causando um acidente.

Copiando o pendrive do meu 'motora'
A trilha sonora não poderia faltar, eu até me agradei, pedi então pra copiar o Pendrive do 'meu' motora, que de pronto me atendeu.

 A viagem seguiu sem muitos contratempos, uma conversa aqui outra ali, ele me relatou que Pinheiro está violenta. Onde não está?!

Me relatou ainda outras histórias legais, enfim, chegamos a Pinheiro.

Ali resolvi meu problema em poucos instantes e em breve já estava em um ônibus voltando para a Capital.

Olha o nipe da trilha sonora desta viagem! Adoro!!!

Ahh... Lembrei agora que já voltando para casa, já no Cujupe, um pequeno desconforto, encontrei determinada pessoa, que conheço muito bem, melhor, nos conheçemos muito bem, mas virou a cara para não falar comigo, fiquei meio assim, mas tudo bem, fazer o que né. O ser humano é estranho. Deixa prá lá, isso é assunto para os próximos capítulos.

A boléia do caminhão da Casa do Guaraná - Pinheiro/MA
Cheguei em casa já era noitinha, por volta das 21h00min, cansado, mas com o alvará na mão, e o cliente satisfeito, e com uma enorme gratidão por aquele filho de Deus que me fez um favor que para ele talvez tenha representado quase nada, mas que para mim foi de grande valia.

E assim seguimos em nossa existência.

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