sábado, 1 de outubro de 2016

Desafios da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB/MA

Após um motim ocorrido no Complexo Penitenciário de Pedrinhas no final de semana último, com repercussão nas ruas da Capital com a queima de ônibus e prédios públicos, acabou que surgiu uma rápida troca de idéias com alguns colegas Advogados, onde eu defendi que a Comissão de Política Criminal e Penitenciária - CPCP da OAB/MA não tinha qualquer trabalho significativo, e outros colegas defenderam que havia sim muito trabalho. Indagados sobre o que seria esse 'muito', os colegas não souberam informar um único trabalho da referida Comissão.

Diante da desinformação de todos eu me coloquei à disposição para entrar em contato com a Presidente da Comissão, com o intuito de buscar informações e nos tirar da ignorância. E assim o fiz. Na terça-feira, 27, fui recebido na sede da OAB/MA pela Advogada Presidente da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB/MA, a Dra. Ana Karolina Carvalho Nunes, que em uma conversa de quase duas horas nos colocou a atual situação da Comissão, com o trabalhos desenvolvidos, e bem como as condições dos presídios de nosso Estado, do que faço um breve resumo e coloco aqui para que todos possam tirar suas conclusões.

De início, frise-se que essa Comissão não existia na gestão anterior da OAB, a do Professor Mário Macieira, tendo sido criada apenas nessa gestão do Presidente Thiago Diaz, no dia 04.abril.2016.

Dra. Ana Karolina CArvalho Nunes, Presidente da Comissão de
Política Criminal e Penitenciária da OAB/MA


A comissão, que é composta por 30 Advogados, e como já dito, tem como presidente a Dra. Ana Karolina Carvalho Nunes, vice-presidente o Dr. Emerson Moreira e secretaria os trabalhos o Dr. Jorge Ribeiro.

Nas gestões anteriores os trabalhos que hoje são desenvolvidos pela Comissão Penitenciária ficavam à cargo da Comissão de Direitos Humanos, o que não impede que a Comissão de direitos Humanos acompanhe também a situação prisional do nosso Estado.

Ocorre uma Reunião Ordinária por mês, e, portanto, desde a sua criação ocorreram seis Ordinárias, com algumas extra-ordinárias.

A Comissão possui ainda suas Coordenações, onde posso destacar a Coordenação da Mulher Encarcerada, Coordenação dos 'Homens', foi assim que eu optei por definir a Coordenação que trata dos Presídios masculinos. Temos ainda a Coordenação de Projetos, Coordenação de Albergues e a Coordenação do Menor Infrator.

Sobre o Sistema Carcerário Maranhense, este é composto por um total de 34 unidades prisionais, sendo 13 na Capital e 21 no interior do Estado. Temos ainda 08 APACs (Associações de Proteção e Assistência aos Condenados), além de 81 Delegacias* e ainda as Unidades de Internação do Menor Infrator.
*Apenas uma observação deste Blog, é que achei o número de Delegacias muito baixo, embora eu não tenha contestado o dado, nem tampouco tenha buscado a confirmação do mesmo junto a outras fontes.
Tudo isso para uma população de 9 mil presos. São assutadores os números, pois imagine-se que nas delegacias não se pode mais "guardar" presos, então temos que alocar 9 mil deles em apenas 34 casas prisionais, daí você se pergunta, "como?!". Pois é, assustador só de imaginar.

Pois bem. A aproximação da Dra. Ana Karolina com a problemática do Sistema Penitenciário Maranhense se deu quando em Junho.2015 ela passou a ministrar aulas de Relações Interpessoais e Ética para funcionários do sistema prisional. E meses depois recebeu o convite do Presidente Thiago Diaz para compor e a ajudar a estruturar os trabalhos da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB.

A partir do início das atividades da Comissão, a Presidente tomou o cuidado de informar a todas as subseções do Interior do Estado sobre a Comissão, colocando-se à disposição para visitas que se fizessem necessárias nas casas prisionais espalhadas por todo o Estado do Maranhão. De todas as subseções do Estado (Açailândia, Bacabal, Balsas, Barra do Corda, Barreirinhas, Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Pedreiras, Pinheiro, Presidente Dutra, Santa Inês, São João dos Patos, Timon) apenas a Subseção de Pinheiro, na pessoa do seu Presidente o Dr. Ruterran e a Subseção de Santa Inês, na pessoa de sua presidente a Dra. Karine Sarmento, mostraram interesse em uma visita da Comissão Penitenciária nas suas circunscrições.

As demais, sequer deram respostas aos ofícios.

Da visita à Pinheiro/MA

Ante o interesse mostrado pelo Dr. Ruterran, membros da Comissão foram até a cidade de Pinheiro, e fizeram uma visita/vistoria no Presídio daquela cidade, e ao final foi elaborado um relatório circunstanciado, apontando melhorias a serem realizadas, do tipo, construção de parlatório os atendimento entre Advogados e Internos, refeição, horários de visitas, estrutura física do presídio, etc.

Tal relatório foi submetido à apreciação do Presidente da Seccional Maranhão, que após tê-lo aprovado, determinou o seu encaminhamento ao Secretário de Estado de Administração Penitenciária, Dr. Murilo, e que até o momento, pasmem, não deu qualquer retorno, embora a Presidente tenha nos confirmado que em razão do pouco tempo de vida da Comissão pode não ter havido tempo útil para a aplicação das melhorias sugeridas, e tendo também nos confirmado que na Comissão não há ainda um mecanismo de verificação de atendimento dos pleitos apresentados nesses relatórios.

Da visita à Santa Inês/MA

Havendo o interesse por parte da Subseção de Santa Inês na pessoa da Dra. Karine, a Comissão Penitenciária se fez presente naquela Cidade, tendo visitado o presídio da Região, entretanto, o relatório que deveria ter sido elaborado pela Comissão ainda não ficou pronto. Apenas um detalhe a ser relatado, é que a visita se deu no mês de julho, e já estamos em Outubro, e, pasmem de novo, o Relatório ainda não está pronto, ou seja, de nada adiantou a visita!

De se frisar que houve ainda uma visita geral de um Membro da Comissão ao Presídio de Caxias, mas não se deu com as formalidades de uma vistoria, e, portanto, pouca informação foi colhida.

A Advocacia Criminal nos Presídios do Maranhão

O Maior de todos os pleitos da Advocacia é sem sobra de dúvidas um local adequado, com segurança, e onde o Advogado possa conversar em sigilo com o seu cliente. Percebi que essa é uma briga constante e prioritária da Dra. Ana Karolina. E ela já comemora a conquista já de 3 parlatórios, sendo no Anil (CCPJ do Anil, antiga SEREC), Presídio feminino e Presídio São Luís III.

Eu mesmo sou testemunha dessa problemática, pois quantas e quantas vezes tive que conversar com algum cliente ali mesmo na permanência (na recepção) da penitenciária, eu de um lado do balcão de pedra e o cliente do lado de dentro, com pessoas passando a todos momento e eu tendo que cochichar com o cliente por não haver um local onde eu pudesse conversar em reservado com meu constituinte.

Além disso, já foram criadas Salas de Estado Maior para a manutenção de Advogados quando estes estiverem presos por algum evento que tenha se envolvido, pleito antigo dos Advogados.

Há ainda a previsão de instalação de Salas da OAB (salas estruturadas para uso dos Advogados) nas casas prisionais.

Foi ainda elaborado o que eu chamo de "projeto de uniformização" que foi encaminhado ao Presidente Thiago Diaz para apreciação e críticas. Tal projeto visa que todos os procedimentos que possam envolver os Advogados que buscam qualquer das casas prisionais do estado possam ser atendidos seguindo um único procedimento, para que na permanência as exigências apresentadas aos Advogados sejam as mesmas, seja na Penitenciária Agrícola de Pedrinhas, seja no Presídio de Rosário, de Pedreiras, Pinheiro ou qualquer outro. Isso se justifica, pelo fato de que cada presídio segue as regras do seu Diretor, mudando de um lugar para o outro à vontade daquele que comanda a casa, o que muitas das vezes acaba criando algum, ou muito descontentamento de nós Causídicos.

Networking da Comissão

A Dra. Karolina nos colocou que tem percebido nos corredores da SEAP que a Comissão ali é muito bem vinda.

De início nos pareceu que isso não era possível, pois em uma análise mais superficial nos aparentou que o olhar de quem trabalhava mais diretamente com o sistema era do tipo "ah, lá vem aqueles advogados pra ficar monitorando nosso trabalho!" ou "ah, lá vem aqueles defensores de bandidos!", o que é bem sendo comum, não?

Pois a Dra. Karolina tratou de desmistificar esse olhar, informando que a Comissão possui boa relação com o Secretário de Administração Penitenciária, com o Secretário Adjunto, com os diretores de presídios e principalmente com os Agentes e Auxiliares Penitenciários, mas principalmente mesmo, com os Detentos, que demonstram um grande respeito pela pessoa da Dra. Karolina.

Além dessa relação construída dentro do Sistema, há ainda a relação da Comissão com o Núcleo de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça, coordenado pelo Desembargador Froz Sobrinho, onde a Comissão é também presença constante nas reuniões e trabalhos.

A Comissão Penitenciária da OAB/MA vem mantendo contato com a Comissão da OAB/PI na pessoa da Advogada Dra. Joselda Nery, em uma troca de experiências que tem a somar com os trabalhos das duas Comissões.

Por meio da Dra. Joselda, a Comissão Penitenciária, leia-se, a Dra. Ana Karolina, foi procurada pela Secretaria de (Combate) Crimes e Torturas da Presidência da República, na pessoa da Dra. Cláudia, que buscava informações sobre a situação de Pedrinhas. O relatório está sendo elaborado e brevemente deverá ser encaminhado àquela Secretaria.

Eventos realizados pela Comissão

Nesses poucos meses de existência, a Comissão já realizou alguns eventos, como o que tratou de "Audiência de Custódia" que contou com a presença do Desembargador Froz Sobrinho, do Juíz da Vara de Execuções Dr. Fernando Mendonça, e do Promotor Cláudio Cabral, realizado em 06.jun.2016.

Evento promovido pela CPCP da OAB/MA

Houve ainda o evento "Ato Penal - Investigação Criminal e Direito do Indiciado", em palestra dirigida pelo Delegado Cleopas, ocorrida em 15.ago.2016.

E na última quinta-feira ocorreu o evento "Criminal Profiling: analisando a cena do crime e o perfil dos criminosos", com a Dra. Aline Lobato.

Outro evento realizado pela CPCP/OAB/MA

Sobre os últimos acontecimentos ocorridos no Maranhão, especialmente na nossa Capital, a Comissão Penitenciária da OAB Nacional mostrou interesse procurando a Comissão da Seccional Maranhão em busca de informações. A partir de então vem ocorrendo o constante diálogo entre a Regional e a Nacional no sentido de manter esta informada sobre esses acontecimento que têm assustado a população Maranhense. A Comissão Nacional já considera a possibilidade de enviar representantes ao Maranhão, o que já era pra ter ocorrido.

E Para não esquecer do maior interessado nas melhorias do Sistema Prisional, falemos dos pleitos dos Detentos.

Hoje a reclamação mais recorrente dos presos é o tal spray de pimenta. A Dra. Karolina nos relata que as reclamações chegam aos montes, e todos os dias. Tudo ali no sistema é spray de pimenta. Reclamou da comida, spray de pimenta. Fez muito barulho, spray de pimenta. Brigou, spray de pimenta. Olhou de cara feia, spray de pimenta. É uma festa só!!

Além das já conhecidas, falta de saúde (é necessário uma enfermaria adequada e com profissionais em número suficiente), comida de péssima qualidade, atendimento desumano aos visitantes, especialmente às mulheres que visitam os seus, falta de uma assistência jurídica mais forte, pois muitos ali já cumpriram com alguns requisitos que os levariam a uma progressão do regime, e talvez até a sua tão sonhada liberdade.

Bom, sobre tudo que conversamos, podemos perceber que o trabalho da Comissão, ali dentro das casas prisionais, é quase que de um Observatório, sem muito poder de execução efetiva e pois não é de competência da OAB pôr em prática o que entende por solução para o Sistema. Tudo o que a comissão pode fazer é um mísero ofício, o que em algumas oportunidades surte efeito, mas na maioria das vezes, ou para ser mais justo, naquelas questões de maior importância, não chega ao seu fim, travando em uma burocracia, seja em razão da necessidade de uma contratação de pessoal, em uma necessidade de licitação, ou até mesmo na falta de verba, tudo de competência da SEAP.

Outro problema que reputo como urgente, é a necessidade da Interiorização dos trabalhos da OAB junto aos Presídios do Interior do Estado. Veja-se que a Comissão Penitenciária fez apenas visita a Pinheiro e Santa Inês, restando ainda outras 19 unidades não visitadas de um total de 34. Ou seja, mais da metade das Casas Prisionais não foram visitadas, e dessa forma, não há como se conhecer a realidade de todo o Sistema, tem-se apenas uma visão quase ampla e genérica.

Podemos dizer que a Comissão concentra seus esforços quase que unicamente na Capital do Estado.

Outra problemática é a inexistência de um mecanismo de acompanhamento do ofícios encaminhados à SEAP. Pois aqueles mais imediatistas são fáceis de serem acompanhados, bastando muitas vezes um rápido telefonema. Mas aqueles com pleitos mais difíceis de serem cumpridos ou mais caros, podem depender de dotação orçamentária, licitações, etc. E se a SEAP não der um retorno a tal ofício, a OAB também não vai buscar informações de a quantas anda, ou se foi jogado ou esquecido em uma das gavetas do prédio da SEAP. Não há qualquer sistema de acompanhamento destes ofícios, ou seja, se a SEAP responder cumprindo com o pleito, a OAB toma conhecimento, mas, se não responder, ficará também da mesma forma, com grande chances de caírem no esquecimento. Assim, corre-se o risco de se ter jogado todo um esforço fora.

A bem da verdade, o que percebi após essa conversa, é que a Dra. Ana Karolina, embora tenha o total apoio da Presidência da OAB nos trabalhos que realiza, vejo que além desse apoio, ela nada mais tem, pois percebo que ela carrega sozinha essa Comissão, estando à frente de tudo, o que daí pode surgir as falhas aqui apontadas. Deixo claro que esse é um julgamento meu, pois ela fez questão de sempre apontar o trabalho da Comissão. Repito, essa foi uma percepção minha.

Não por coincidência, que a Dra. Karolina, ante seus trabalhos realizados à frente da Comissão foi convidada a compor a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB Nacional, pelo que merece os Parabéns.

Como não deixar também os parabéns à Dra. Ana Karolina Carvalho Nunes pelo destemido e incansável trabalho frente à Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB/MA, fazendo a diferença na vida de muitos detentos e de muitas famílias que sofrem com o encarceramento de um ente querido.

Nossos Parabéns ao Dr. Rutterran Souza Martins, por ter mostrado interesse na melhoria do Presídio de Pinheiro, pedindo a presença da Comissão naquela cidade. Ressalto que o Dr. Ruterran vem fazendo um significativo trabalho à frente da Subseção de Pinheiro.

Parabéns ainda à Dra. Karine Sarmento também pelo interesse por melhorias no Sistema Carcerário daquele município. Apenas lamentando pelo fato do relatório da vistoria não ter sido confeccionado até o momento. E deixando claro que isso não se deu por obra da Dra. Karine ou de qualquer outro colega Advogado da diretoria da Subseção de Santa Inês, não. O atraso tem se dado por obra de membros da Comissão Penitenciária. Então, mais uma vez, os parabéns à Dra. Karine.

Louvar também os esforços daqueles que compõem e trabalham no Sistema Carcerário do Maranhão, pedindo a Deus muita paz e proteção à todos. Rogando especialmente por nossa Capital que tanto vem sofrendo com os últimos acontecimentos. Que a`paz possa se instalar dentro e fora dos presídios.

E por fim, abaixo o spray de pimenta!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pela primeira vez, Eleitorado feminino será maior que o masculino

Pela primeira vez em uma eleição, eleitorado feminino será maior que o masculino em todos os estados

Desde o pleito de 2000, o número de mulheres eleitoras ultrapassa o de homens. Mas, nas Eleições Municipais de 2016, pela primeira vez, o eleitorado feminino será maior que o masculino nos 26 estados onde haverá votação no dia 2 de outubro (não haverá eleição no Distrito Federal e nem em Fernando de Noronha). 

O Brasil possui atualmente mais de 144 milhões de votantes, sendo 75.226.056 mulheres cadastradas na Justiça Eleitoral – 6,4 milhões a mais que homens. Rio de Janeiro, com 53,48%, Pernambuco, com 53,42%, e Alagoas, com 53,22%, são os estados que possuem mais eleitoras nas Eleições 2016. Já Tocantins (50,03%), Mato Grosso (50,24%) e Pará (50,24%) são as unidades da Federação onde a diferença entre mulheres e homens é menor. No Rio Grande do Norte, estado pioneiro no reconhecimento do voto feminino, 52,55% dos eleitores são mulheres. 

Os números sobre o eleitorado feminino, a cada eleição maiores, mostram uma evolução na participação das mulheres como cidadãs. Em 2008, havia uma maioria feminina no universo de 130 milhões de eleitores. De total, 51,7% eram mulheres. No pleito de 2010, elas somaram 51,82% dos 135 milhões de eleitores. Já nas eleições de 2012, as mulheres representaram 51,9% dos 140 milhões de eleitores. Em contrapartida, apenas 31% dos candidatos das Eleições 2016 são mulheres. 

O voto da mulher 

Em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, a mulher brasileira, pela primeira vez, em âmbito nacional, votou e foi votada. A luta por esta conquista durou mais de 100 anos, pois o marco inicial das discussões parlamentares em torno do tema começou em meados do Século XIX. 

A Constituição de 1824 não trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício, que foi introduzido no ano anterior, com a aprovação do Código Eleitoral de 1932. 

O artigo 2º deste Código continha a seguinte redação: “É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste Código”. A aprovação do Código de 1932, no entanto, aconteceu por meio do Decreto nº 21.076, durante o Governo Provisório de Getúlio Vargas. 

Mas, somente dois anos depois, em 1934, por meio da segunda Constituição da República, esses direitos políticos conferidos às mulheres foram incluídos em bases constitucionais. No entanto, a nova Constituição restringiu a votação feminina às mulheres que exerciam função pública remunerada. 

Já a Constituição de 1946, finalmente, nem se preocupou em especificar os brasileiros de um e outro sexo afirmando no Art. 131: “São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei”. Apesar de a Constituição não fazer distinção, essa diferença só foi superada, definitivamente, com o Código Eleitoral atual, de 1965. 

Primeira eleitora 

Em 1927, o Rio Grande do Norte colocou em vigor lei eleitoral que determinava, em seu artigo 17, que no estado poderiam “votar e ser votados, sem distinção de sexos”, todos os cidadãos que reunissem as condições exigidas pela lei. Assim, o estado ingressou na História do Brasil como pioneiro no reconhecimento do voto feminino. 

A professora potiguar Celina Guimarães Viana é considerada a primeira eleitora do país. Desde que ela conseguiu seu registro para votar, em 1928, a participação feminina no processo eleitoral brasileiro se consolidou.
Com informações do TSE

domingo, 25 de setembro de 2016

Em tempos de cólera, Detenta Maranhense vence Concurso Nacional de Redação

Bom, eu sou daquela gente que ainda se emociona ao ver notícias dessa natureza. Coisas desse tipo é o que alimenta ainda as nossas esperanças por dias melhores. Senão, veja:

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Detenta maranhense vence Concurso Nacional de Redação

Presa há de mais dois anos, Daiane Camelo Duarte venceu o Concurso Nacional de Redação da DPU. Esperançosa, ela faz planos para o futuro 

Foto: Daiane Camelo
“Educação é uma porta para tudo nas nossas vidas. Se você tem uma boa educação você tem um bom emprego. Você não vai se envolver com esse mundo de drogas”, é o sóbrio relato da jovem Daiane Camelo Duarte, de 26 anos. 

Presa há dois anos e quatro meses, a jovem é vencedora do Concurso Nacional de Redação, promovido pela Defensoria Pública da União (DPU). O concurso contou com a participação de estudantes da rede pública de ensino de todo o país. No Maranhão, envolveu cerca de 150 estudantes, de 20 escolas da rede estadual, concorrendo em diversas categorias, inclusive uma voltada para detentos. 

Com a farda padrão da carceragem, encontramos com a jovem na sala da direção do Presídio Feminino que integra o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Aparentemente vaidosa, com cabelos soltos e batom avermelhado nos lábios, Daiane, que obteve nota 8,25 no concurso de redação, se diz muito feliz pelo reconhecimento. Para ela, o prêmio serve de incentivo para um recomeço. 

“Valeu a pena meu esforço. Esse prêmio renovou minha esperança de um recomeço para minha vida lá fora. Se Deus quiser vai dar tudo certo. Através da oportunidade que eu tive, vou poder mostrar para a sociedade que eu estou querendo realmente uma mudança na minha vida. Para isso, a educação é fundamental. Eu me dediquei bastante, me dediquei muito. Sempre tive muita ajuda da minha professora, Raimunda”, relata a jovem. 

Cumprimento da pena 

Sentenciada a cumprir pena de nove anos e oito meses por crime de tráfico de drogas, a jovem de Bom Jardim, município localizado a 277 Km de São Luís, conta que tinha uma vida simples, que chegou a cursar o ensino médio e trabalhar como secretária do lar. Ela relata que se envolveu com o mundo do crime após o casamento. 

“Quando casei eu larguei os estudos. A vida com marido você sabe como é, né? Ele entrou no mundo do tráfico porque estava desempregado e precisava sustentar a família. A gente morava com os pais dele e não tinha condições ou oportunidades de emprego", conta. 

Daiane diz que no começo resistiu ao dinheiro do tráfico. Hoje se arrepende do caminho que seguiu. "Quando começou tudo, eu não concordava, mas aí vai vendo o dinheiro fácil que você não precisa suar para trabalhar, aquilo vai lhe envolvendo cada vez mais. Quando você pensa que não, você já está envolvido. Mas não quero isso nunca mais para minha vida. Eu já aprendi bastante nesse lugar [Complexo de Pedrinhas]. Um dia que você passa aqui, nunca vale a pena”, conclui cabisbaixa.


Esperança 

Com o reconhecimento obtido no concurso de redação, Daiane pretende continuar estudando, pois vê na educação uma esperança de dias melhores. 

“Eu espero recomeçar minha vida, trabalhar, voltar a estudar. Eu tenho muita vontade de cursar uma faculdade. Eu cheguei a terminar meu ensino médio mas não tive oportunidade, quando estava lá fora, de concluir uma faculdade. Ainda estou em dúvida qual curso fazer, vou pensar um pouco mais sobre a escolha, diz Daiane. 

A rotina na detenção 

Como forma de incentivo a ressocialização, o presídio feminino do Complexo Penitenciário de Pedrinhas oferece na parte da manhã, aulas de panificação, onde as internas fabricam salgados para eventos. 

Durante o período da tarde, são ministradas aulas do projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Unidade Escolar João Sobreira de Lima, escola da Rede Estadual de Ensino.

A matéria é de O Imparcial

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Festival Varilux de Cinema Francês - Edição 2016

Edição 2016 do Festival Varilux de Cinema Francês terá uma semana a mais de duração

DE 8 A 22 DE JUNHO, O PÚBLICO BRASILEIRO PODERÁ CONHECER A NOVA SAFRA DA PRODUÇÃO CINEMATÓGRAFICA FRANCESA EM 50 CIDADES


Filme premiado em Cannes, longa protagonizado por vencedor de Oscar e produção com os atores mais admirados da França. Esses são alguns dos pontos altos da edição 2016 do Festival Varilux de Cinema Francês. Neste ano, o festival ganhará uma semana a mais de exibição em relação à edição anterior – ficará em cartaz de 8 a 22 de junho em 50 cidades brasileiras. Ao todo, a programação contará com 15 filmes inéditos e um grande clássico do cinema francês.

O premiado ator francês Omar Sy, que ficou conhecido e admirado mundialmente por sua atuação em “Intocáveis”, poderá ser visto novamente, agora em “Chocolate”, interpretando o primeiro artista circense negro na França da Belle Époque, no filme de Roschdy Zem, que virá ao país para apresentar o longa. O festival exibirá também o filme, seleção oficial do Festival de Cannes 2015, “Meu Rei”, de Maïwenn, drama com as estrelas Vincent Cassel e Emmanuelle Bercot, premiada com a Palma de Ouro de melhor atriz. E o ator vencedor do Oscar Jean Dujardin volta às telonas em “Um Amor à Altura”, comédia romântica de Laurent Tirard. Na produção, Dujardin ajudará a personagem de Virginie Efira a encontrar seu telefone celular perdido e essa história tomará um rumo inesperado. A consagrada atriz belga, que esteve recentemente em Cannes divulgando dois filmes, também confirmou presença no Brasil.

Ao diretor Roschdy Zem e à atriz Virginie Efira, se junta o diretor Philippe Le Guay (Pedalando com Molière), que traz a comédia “Flórida”, com Sandrine Kiberlain e Jean Rochefort, dois ícones de gerações diferentes do cinema francês, inspiração para o cartaz dessa edição do festival. A jovem e premiada atriz Lou de Laâge (Respire), que interpreta uma médica francesa da Cruz Vermelha atendendo sobreviventes da Segunda Guerra até chegar a um convento Beneditino onde freiras estão prestes a dar à luz, no drama histórico “Agnus Dei”, de Anne Fontaine, o badalado e também premiado ator Vincent Lacoste (Hipocrátes, Diário de uma Camareira), protagonista ao lado da atriz Julie Delpy, da comédia, “Lolo, o Filho da Minha Namorada”, dirigida pela própria atriz, e o jovem Finnegan Oldfield do drama “Os Cowboys”, de Thomas Bidegain, em que vive Kid, o irmão que acompanha a saga de seu pai em busca da sua filha adolescente fugida de casa, e com suspeita de ter se convertido ao Islã, completam a delegação francesa que participará de apresentações e debates nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Dentro do diversificado leque de produções francesas, estão ainda na programação a premiada animação “Abril e o Mundo Extraordinário”, de Franck Ekinci e Christian Desmares, vencedor do prêmio Cristal no Festival de Annecy; “O Novato”, do jovem diretor e roteirista Rudi Rosenberg, que com humor e ironia foca no universo adolescente baseado em suas próprias vivências; “A Corte”, comédia dramática de Christian Vincent, sobre um juiz durão que acaba amolecendo ao se deparar durante um julgamento com uma jurada por quem tinha sido apaixonado anos antes e o drama “Um Belo Verão”, de Catherine Corsini, que aborda as questões em torno da liberdade sexual e feminismo na Paris da década de 70.

Completam a lista de filmes, o longa “Marguerite”, de Xavier Giannoli, com Catherine Frot, premiada com o Cesar 2016 da Melhor Atriz, baseado na história da rica e excêntrica americana Florence Foster Jenkins que não desistiu de cantar em público apesar de não ter talento algum. O drama de guerra, “Viva a França!”, de Christian Carion, que se passa numa pequena cidade ao norte da França nos anos 40; “La Vanité”, comédia dramática de Lionel Baier com a atriz espanhola Carmen Maura sobre um velho arquiteto que recorre a uma associação de auxílio ao suicídio, e “Um Doce Refúgio”, de Bruno Podalydes, que, além de escrever e dirigir, ainda atua no papel principal da comédia.

Como já é esperado pelo público, o festival exibirá ainda um grande clássico francês. O escolhido deste ano é o filme “Um Homem e uma Mulher”, de Claude Lelouch, em homenagem ao seu 50º aniversario de lançamento. O romance com Anouk Aimée e Jean Trintignant foi o vencedor da Palma de Ouro em 1966 e também do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e roteiro original no ano seguinte.

O festival manterá a tradição e promoverá atividades paralelas, desta vez com novidades: pela primeira vez será realizada a “Oficina de Crítica Cinematográfica”, voltada para profissionais mais experientes ou com menos tempo de mercado, que será ministrada no Rio de Janeiro pelo renomado crítico francês Jean-Michel Frodon, ex-diretor da redação da prestigiada revista “Cahiers du Cinéma”.

A edição 2016 também realizará pelo quinto ano a oficina franco-brasileira de roteiros audiovisuais no Rio de Janeiro, que desta vez será dividida em três temas – roteiros para TV, cinema e comédia e, além disso, ganha uma edição no Recife, na modalidade formatos para televisão. Com coordenação de François Sauvagnargues, especialista de ficção e diretor geral do Festival International de Programmes Audiovisuels - FIPA de Biarritz, França, o objetivo da oficina é qualificar o trabalho desenvolvido por roteiristas brasileiros profissionais através do intercâmbio com renomados roteiristas franceses. A oficina do Rio conta com o patrocínio da RioFilme, e apoio da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão – ABPITV, do Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros – ICAB, e do Conservatório Europeu de Escrita Audiovisual. No Recife, a iniciativa conta com o apoio do Instituto Francês do Brasil, da Aliança Francesa de Recife,da Portomídia/Porto Digital, do Centro Audiovisual Norte Nordeste - CANNE e da Secretaria de Cultura do Estado de PE.

Para o incentivo à formação de novos públicos, ao todo, 20 cidades receberão as sessões educativas do Festival Varilux. E, como de costume, o evento terá sessões de democratização em espaços alternativos do Rio, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.

Para o diretor da Bonfilm e do Festival, Christian Boudier, há muito que comemorar. A edição 2016 do festival iguala o recorde de cidades – 50, ao todo -, mas dobra a duração do evento. “O Festival Varilux já se consolidou como um dos principais eventos incentivador e difusor da cultura francesa no Brasil. O público já reconhece a sua importância e, mais do que isso, espera ansiosamente pela realização do festival. Por isso, ganhar uma semana a mais de exibição é um presente para nós, realizadores, e principalmente, para o fã do bom cinema francês”, comemora.

Maurício Confar, Diretor de Marketing da Essilor/Varilux – patrocinadora desde a primeira edição do Festival Varilux de Cinema Francês há 13 anos, engrossa o coro. “Essa parceria com a Bonfilm tem como objetivo principal levar cultura à população de diversas regiões do país e não somente dos grandes centros urbanos. Além disso, a iniciativa está ligada à questão do olhar humano, que é o nosso foco, além de promover a interação entre as culturas brasileira e francesa”, diz.

PARCEIROS DO FESTIVAL

Patrocínio Essilor-Varilux

Riofilme
Secretaria de Estado de Cultura, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro
Ministério da Cultura através da Lei Federal de Incentivo à Cultura

Copatrocínio

Embaixada da França
Instituto Francês do Brasil
Delegação Geral das Alianças Francesas do Brasil
Air France
Sofitel

Apoio

Adoro Cinema
Citroën
Etc Filmes
Folha de S. Paulo
ABPITV
ICAB
Unifrance
Cine Sesc SP

Apoio Cultural

Câmara de Comércio França Brasil
Tivoli
CEEA
Centro Cultural Luis Severiano Ribeiro – Cine Odeon
EBC
Rádio MEC
Cinearte
Cinespaço
Cine Maison
Espaços Itaú de Cinema

Distribuidoras

Bonfilm
California Filmes
Fênix Distribuidora
Mares Filmes
Pandora
Supo Mungam

Promoção

Le Monde Diplomatique
Carta Capital
Fnac
Piauí
Revista Cult
Revista Brasileiros
Telecine

Realização

Bonfilm
Ministério da Cultura Governo Federal

Informações de variluxcinefrances.com

quarta-feira, 16 de março de 2016

AMANHÃ... EXUMAÇÃO DE CADÁVER EM VIANA

Bom dia minha gente!!!

Patrocino a defesa de um cidadão em um processo criminal. Meu cliente é acusado, juntamente com outro cidadão, de terem praticado homicídio. Na instrução processual restaram algumas dúvidas, especialmente no que tange aos projéteis que atingiram a vítima, levando-a a óbito. A dúvida é a seguinte, A vítima morreu atingida por disparos de arma de fogo, sendo um total de 5 perfurações. Meu cliente informa que estava de posse de um revólver 32 e que havia efetuado apenas um disparo mas para o alto no intuito de dispersar a mutidão e/ou curiosos. O outro cidadão informa que estava de posse de um revólver 38. As armas foram recolhidas, e contatou-se que o revólver 32 estava com apenas um projétil deflagrado, já o 38, estava com todos os projéteis deflagrados. Nos exame cadavérico não ficou esclarecido se as perfurações foram com revolver 32 ou 38, nem se os projetéis foram retirados do corpo da vítima. Dessa forma eu entendi que os projeteis ainda se encontram no corpo da vítima e, portanto, fazendo-se necessária a exumação para se retirar os projéteis, verificar quais são, e de que arma partiram, se de revolver 32 ou 38. É a busca da verdade real, tão importante nos processos criminais.

Bom, peço desculpas pelo texto corrido, acontece que ando meio sem tempo de organizar as idéias e elaborar um texto mais jornalísticos. Mas deu pra entender.

Bom, a exumação está marcada para amanhã, 17 de março, às 08h no Cemitério de Viana, e eu estarei lá pra acompanhar o ato.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Von Richtofen Maranhense!!! Filha manda matar os pais!!!

Filha confessa ser a mandante do assassinato dos pais em Zé Doca

Delegado Pedro Henrique durante coletiva a imprensa na manhã desta sexta-feira (19)

A Polícia Civil confirmou a participação da menor de 16 anos, filha do casal Marcone Alves de Melo de 39 anos e Cleonice Silva Carvalho de37 anos, no assassinato dos próprios pais em Zé Doca. O crime aconteceu na noite do dia 7 de fevereiro, domingo, no povoado Fortaleza, zona rural do município.

Marcone e Cleonice mortos com tiros na cabeça quando se preparavam para dormir

O crime foi executado por dois homens armados, até o momento não identificados, que invadiram a casa do casal por volta das 20h e assassinaram Marcone e a esposa Cleonice, com tiros na cabeça quando se preparavam para dormir.

De acordo com o Delegado Pedro Henrique, a adolescente que está grávida de 5 meses confessou que planejou o crime por causa de uma herança de R$ 80 mil recebida pelo pai. Segundo o delegado, a menor admitiu o crime com frieza e sem demonstrar arrependimento.

Ainda segundo o delegado, desde o inicio as suspeitas apontavam para a filha do casal, que durante o depoimento no dia seguinte ao crime, ela perguntou a delegada inúmeras vezes como fazia para levantar a herança do pai.

Filha de 16 anos planejou a morte dos pais por herança

Durante o depoimento realizado na tarde desta quinta-feira (18), a menor falou também da participação do vizinho das vítimas no crime. Segundo Pedro Henrique, o vizinho identificado como “Beto” articulou junto com menor a execução do casal, onde segundo ela, foi ele que contratou os pistoleiros para executarem Marcone e Cleonice com a promessa de ficar com o valor de R$ 10 mil da herança da vítima. No dia do crime o vizinho teria passado o dia bebendo com o pai da menor.

A prisão do vizinho já foi solicitada pela polícia, porém o delegado informou que o mesmo encontra-se foragido juntamente com a companheira, também cúmplice do crime. Segundo o delegado, “Beto” tem várias passagens pela polícia por roubo e assalto, onde inclusive vinha aterrorizando a localidade do povoado Fortaleza.

Apreendida, a menor foi encaminhada para São Luis na manhã desta sexta-feira (19), onde ficará internada por alguns dias até o fim do inquérito. Segundo Pedro Henrique, o próximo passo é a captura dos demais envolvidos no crime.

Com informações de Maycon Alves

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Conselheira Tutelar 'Dá-lhe de Ripa' em uma Menor!

Conselheira tutelar de Formosa da Serra Negra espanca uma menor por causa de ciúmes

Vista da pacata Formosa da Serra Negra

Um fato inusitado ocorreu na cidade de Formosa da Serra Negra, há 86 km de Grajaú nesta terça-feira (16), segundo a policia uma conselheira tutelar, que foi eleita e empossada este ano teria espancado a menor de iniciais M.P.C, de (17) anos. De acordo com informações o marido da conselheira teria dado em cima da menor o que causou a ira da mesma que espancou a menor a golpes de ripa.

A jovem chegou à Delegacia de Grajaú toda lesionada. A menor informou que foi trancada dentro de um quarto e agredida com a ripa, sendo que a conselheira teria falado que se a mesma desse parte iria matar a mesma. A conselheira identificada como SIPRIANA prestará esclarecimentos na delegacia de Grajaú. A jovem foi encaminhada para realização de Exame de Corpo de Delito e após apuração o processo seguirá para a Justiça.

Os pais da menor estiveram na delegacia cobrando providências e revoltados com a situação em razão do estado de saúde que ficou a menor. Que vergonha em senhora conselheira, eleita para proteger e pratica um ato vergonhoso desse, porque a senhora não deu parte de seu marido?, seria o mais correto não, já que você conhece das leis.


Com informações do portal De Olho em Grajaú

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Morro e não vejo tudo

A humanidade está mesmo perdida. Quando penso que já vi e ouvi de tudo, eis que me vem uma nova.

Estava eu no cinema dia desses. Assistia o filme "O Regresso", aquele com Leonardo Di Caprio. O filme tem classificação 16 anos. Achei o filme bem pesado, com cenas de mortes violentas, ataques sanguinolentos, verdadeiras carnificinas, coisa de causar aflição mesmo.

Bom, mas o que me chamou a atenção? Vamos aos fatos.

Entrei na sala, me sentei, estava ainda na parte dos trailers. Sem demora chega um casal, acompanhados de um menino. A criança deveria ter no máximo, e falo sem medo de errar, cinco anos.

Aquilo me chamou bastante atenção, fiquei realmente estupefato com a falta de bom senso dos pais, mesmo o filme ainda não tendo começado. Isso por que já sabíamos da temática que seria abordada, bem como das cenas de violência que estariam por vir.

Eis que começa o filme, eu na ponta, a criança ao meu lado, ao lado da criança, o pai, e depois a mãe (nem sei se era a mãe, acho que não, só acho!).

Tendo iniciado, logo vi que não conseguiria prestar muita atenção ao filme, tamanha era a minha preocupação e/ou curiosidade com a criança e como ela reagiria às cenas. Ora, não deu outra!

A criança logo começara a abraçar seu pai, e mostrar que estava muito incomodada com o filme, pediu ao pai que fossem embora. O irresponsável, não deu a menor bola.

Já estávamos com meia hora de filme, a criança já havia feito 3 pedidos ao pai, informando que não queria assistir ao filme. Eu, àquela altura, observava tudo, e já não prestava mais atenção em nada do filme, e também já não conseguir esconder meu descontentamento com aquele imbecil.

Foi quando realmente não consegui suportar e saí da sala em busca de ajudar aquela criança contra seu pai.

Lá fora da sala procurei a administração do cinema, onde fui atendido pelo gerente do dia, que me pediu calma, informando que aquilo era até bastante comum ali naquela casa. Ele me informou o procedimento (crianças abaixo de doze anos acompanhadas de pais ou responsáveis podem assistir a qualquer filme cuja classificação seja igual ou superior a 12 anos, desde que os responsáveis assinem um termo).

Será que esse procedimento é mesmo seguido? Eu mesmo nunca assinei qualquer termo quando levo minha filha ao cinema, nunca me foi apresentado termo algum. Mas talvez seja também por que observo com cuidado a classificação dos filmes antes de levar a Mariana para assisti-los. Bom, mas confesso que fiquei na dúvida se aquele cidadão assinou ou não o tal termo. E mesmo que o tenha assinado, tal fato não é absoluto. É absoluto sim, a integridade e saúde psíquica  e mental de uma criança daquela idade.

Bom, o certo é que relatei a situação para o gerente, informando que havia uma criança em estado de pânico, que insistentemente pedia a seu pai para sair da sala, mas não era atendido. Informei a ele meu assento e o assento que estava a criança. O Gerente me acompanhou de volta até a sala, e acompanhado também de mais dois funcionários.

Chegando lá, pediu-me que eu subisse sozinho de volta a meu assento, e que em seguida eles iriam até onde o cidadão.

Logo que sentei, a criança imediatamente, já chorando, pedia mais uma vez a seu pai que não queria mais assistir ao filme, e que estava com medo. Eu ainda sem assistir o filme já somente olhava para o pai e para a criança. Nesse momento tive a certeza que a moça não era a mãe da criança. Ela pouco olhava, assistia ao filme despreocupada com a situação, gozando deliciosamente de sua pipoca.

Nesse momento, eu incomodado com o cidadão, e ele já incomodado comigo, a criança incomodada com o filme, e, talvez por ter percebido que eu havia buscado ajuda, eis que o pai desiste de continuar na sala, e se retira, com seu filho, e com a moça que o acompanhava.

Foi quando então pude tentar assistir ao filme, mas daí pra frente com a mente pensando a todo tempo naquela criança. De certo que terei que voltar ao cinema, pois perdi quase a metade do filme, e nem vi a parte do urso (disseram-me que há uma cena em que o ator briga com um urso).

Daí uns anos teremos uma sociedade composta de selvagens (se é que já não estamos vivendo na própria), e não saberemos explicar qual fenômeno se deu para tanto.

Depois, já de volta à minha casa, fiquei pensando... será que valeu a pena?! Do que adianta?! amanhã ele volta a levar a criança pra assistir um filme até mais violento! Ou em casa mesmo, onde não haverá nenhum mala pra importuná-lo. É, estou achando que vou largar mão disso, afinal, pessoas assim como eu, em dias de hoje, é que não têm valor algum.

Fazer o quê!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Viver é fácil


Dores incuráveis, então, temos esse consolo, há pessoas sofrendo bem mais que nós. Mas atenção, muita atenção! Não por isso que devemos nos acomodar, não pense que por conhecer alguém que sofra mais que você, em seu vil entendimento, que irá então se acomodar, se enconstar em sua zona de conforto, penso não ser a melhor escolha. Vamos, mexa-se! Cure seus pensamentos, vamos à tomada de decisões sem medo, mas com cautela. Não instigue o suicídio de sua alma. Liberte-se da prisão. Faça-se acompanhar de pessoas do bem. Caminhe mais. Escreva mais e melhor. Fale a verdade. Elogie e seja elogiado. E afaste do seu lar o que ameaça a sua paz, e tudo que é destrutivo. Seja claro, explique-se! E acima de tudo, não ofenda ninguém! Assim, serás feliz. Eu garanto!

Viu como é fácil !!!

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Força e Pudor

Essa ferramenta Whatssap é algo brilhante. Especialmente quando você do nada é surpreendido por uma mensagem que, embora possa parecer bem simples aos olhos de um despercebido, para outros pode soar como um start que o leve a boas reflexões e lembranças. Passo a explicar.

Estava ainda há pouco distraidamente quando chega num grupo (de advogados no whatssap do qual eu faço parte) uma foto. A qual reproduzo mais abaixo. Eu não tenho muito tempo em estar olhando tudo que chega nesses grupos, mas aqui ali eu dou uma parada e fico lendo e refletindo sobre o que é colocado ali.

Com a devida paciência fui ver do que se tratava. A foto nos remete à uma breve comparação, de letras de músicas de carnavais de épocas distintas. A música da esquerda é um clássico dos carnavais das décadas de 80 e 90 na Bahia, "Protesto Olodum" é o nome da música. E traz um apelo importantíssimo para a comunidade do Pelourinho, esta que sofreu, e sofre até hoje, com as mazelas já tão comuns nessas regiões. Vide outros exemplos como os de São Luís ou Fortaleza.

Eu conheço a comunidade do Pelourinho já há vários anos. Conheci exatamente no período em que aquilo ali está mais efervescente, mais lindo, no Carnaval. E como é lindo ver o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhi, ou qualquer outro bloco afro nos seus preparativos para a festa. Tudo muito lindo!!

Sou do tipo que quando estou em um lugar novo, exploro-o com todas as minhas forças, e, portanto, conheci de perto aquela realidade. Quem não teve ainda a oportunidade, pode ir se adiantando, e buscar uma noção nos filmes, sobre o que é tudo aquilo ali. Sugiro "Cidade Baixa", com a linda e talentosa Alice Braga. Ou até mesmo o clichê "Ó paí! Ó!".

Sobre as mazelas que citei, algumas são cantadas na música. Prostituição, Aids, Drogas, Fome, etc.

Sim, mas veja abaixo a foto que me trouxe todos esses pensamentos.

Protesto Olodum X Metralhadora
A música da direita, só depois que cheguei em casa fui pesquisar e vi que se trata da música do carnaval 2016, uma tal metralhadora. Ok!

Bom, sobre a "Protesto Olodum", posso dizer que tenho toda a letra na mente. Pois por toda a minha adolescência ela esteve presente. Lembro-me muito bem quando ainda estudante Colégio Meng (tradicional escola de São Luís nas décadas de 80 e 90) eu e alguns colegas tinhamos por hábito levar letras de músicas para a sala de aula. Isso mesmo!

Hoje isso é bem diferente, basta uma pesquisa rápida no google que em 10 segundos a letra explode na tela do celular. Mas na minha época era bem mais difícil. Eu por exemplo, quando estava incubido de levar a letra da música para a sala de aula, tinha que ficar no disco de vinil voltando a agulha a todo instante e ao mesmo tempo ir copiando a letra. Até mesmo por que nem todos os Discos de Vinil traziam em suas capas as letras das músicas. Era bem difícil, mas muito legal.

Pois lembro-me que nos idos da adolescência, fui um dia o encarregado de levar a letra de "Protesto Olodum" para cantarolarmos na sala de aula no dia seguinte. Um detalhe importante precisa ser dito. As músicas eram cantadas baixinhas lá no fundo da sala com o professor em sala de aula. De vez em quando éramos flagrados, e acabávamos a manhã de aula na sala de Claudenira (coordenadora).

De tal sorte que, por ter copiado a letra da música daquela forma, certo que hoje, passados muitos anos, olhar essa música em uma simples postagem de Whatssap vem à mente não só a lembrança da linda letra que ela traz consigo, mas também a lembrança de lindos momentos vividos em minha adolescência. Período de ouro na minha vida, e certamente na vida da minha família (pai, mãe, irmão e irmãs), onde todos ali lutavam para construir dias melhores, sempre com força, pudor e muito caráter. Tudo, graças a Deus, reafirmado nos dias atuais.

Pois bem. Além das lembranças deliciosas da adolescência, a postagem do colega me remeteu à reflexão de sempre. Reflexão que já está tão comum aí nas mídias e nas rodas de conversa. Mas que, logicamente, não é demais repetí-la aqui. Trata-se do retrocesso que verificamos nessas letras de músicas de carnavais mais recentes. Lembro que há uns cinco anos atrás a letra era um beber cair levantar, depois um lepo lepo, e hoje uma metralhadora. Nem preciso dizer. Tudo muito destrutivo, não!

Sobre a "Protesto Olodum", já relatei ali em cima algumas coisas que me lembrava assim de pronto, mas em breve pesquisa na net, facilmente conseguimos entender a importância da música para a comunidade do Pelourinho. Veja.

"Protesto do Olodum" é uma canção originalmente lançada no carnaval de 1988 pelo Olodum, um dos principais blocos afro do carnaval de Salvador.

Composta por Tatau, mais conhecido como ex-vocalista do Araketu e Paulo Moçambique, compositor do bairro do Engenho Velho da Federação, foi uma das musicas mais tocadas no carnaval de 1988, a canção fala sobre o período no qual a região do Pelourinho da cidade de Salvador, capital da Bahia, estava passando por um período de intensa degradação. Isso pode ser entendido graças a versos como "Pelourinho contra a prostituição". "Protesto do Olodum" chama os habitantes daquela então pobre área da cidade para fazerem manifestações contra a precária situação em que viviam. Algum tempo depois do lançamento da canção, Antônio Carlos Magalhães, então governador da Bahia, ordenou a expulsão de vários moradores do Pelourinho pela Polícia Militar do estado, para a restauração da área, o que inchou ainda mais as grandes favelas da capital baiana.

Além disso, a canção também explicita o descaso da elite brasileira para com o Nordeste nos versos "Na Bahia existe Etiópia/Pro Nordeste o país vira as costas". Também é citado o escândalo da poluição ambiental no município de Cubatão, no estado de São Paulo, nos versos "Brasil liderança, força e elite da poluição/Em destaque o terror, Cubatão". Também são citados Desmond Tutu e Nelson Mandela, símbolos da luta contra o regime de segregação racial do apartheid na África do Sul e a fome em Moçambique, nos versos "Moçambique eh! por minuto um homem vai morrer, sem ter pão nem água pra beber".

Além da própria música em sí, o próprio grupo Olodum tem importância fundamental na luta diária que aquela comunidade trava contra as desigualdades sociais implantdas com os anos de submissão face ao vergonhoso episódio da escravidão que envergonha e mancha a história do nosso Brasil.

Veja abaixo alguns links de matérias que encontrei, e que mostram muito bem a importância do Olodum.

Aos 35 anos, Olodum mantém raízes e luta pela afirmação da cultura negra

Neste outro link mais abaixo, você verifica matéria de ontem sobre um protesto que o Olodum fez contra o assassinato de jovens negros. Repito, o protesto foi na saída do bloco no dia de ontem. Ou seja amigos, a "Protesto Olodum" é mais atual do que qualquer postagem de Whatssap possa sugerir. Veja link para a matéria.

Textos, fotos, artes e vídeos da odiario.com estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização de odiario.com. As regras têm como objetivo proteger o investimento que odiario.com faz na qualidade de seu jornalismo. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://maringa.odiario.com/geral/2016/02/saida-do-olodum-no-pelourinho-tem-protesto-contra-assassinatos-de-jovens-negros/2080055/Textos, fotos, artes e vídeos da odiario.com estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização de odiario.com. As regras têm como objetivo proteger o investimento que odiario.com faz na qualidade de seu jornalismo. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://maringa.odiario.com/geral/2016/02/saida-do-olodum-no-pelourinho-tem-protesto-contra-assassinatos-de-jovens-negros/208005Saída do Olodum, no Pelourinho, tem protesto contra assassinatos de jovens negros

Em minha pesquisa consegui também um trabalho ciêntífico sobre o grupo e suas canções com apelo social, mas como tá em PDF e possui umas 20 páginas, fica difícil de compartilhar. Prometo ler e depois fazer um resumão aqui também.

Pois dito tudo isso, acho que é momento de irmos ao que há de melhor. Posto abaixo a música na voz espetacular da maravilhosa Margareth Menezes. Simplesmente encantador!

Abaixo do vídeo segue também a letra da música. Deliciem-se! E tenham um Feliz Carnaval!!!



Letra
A canção "Protesto do Olodum" foi sucesso nacional com a Banda Mel e depois foi regravada por Margareth Menezes em Divas da Bahia, um especial da TV Bahia, e por Daniela Mercury em seu DVD Baile Barroco. Também foi regravada por ambas e por Tatau para a trilha-sonora do filme Ó Paí, Ó de 2007.

Força e pudor
Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor
E lá vou eu


Declara a nação,
Pelourinho contra a prostituição
Faz protesto, manifestação
E lá vou eu


A AIDS surgiu
E o terror já domina o brasil
Faz protesto Olodum Pelourinho
E lá vou eu

Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
E lá vou eu


Moçambique eh! por minuto um homem vai morrer
sem ter pão nem água pra beber
E lá vou eu

Força e pudor
Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor
E lá vou eu


Declara a nação,
Pelourinho contra a prostituição
Faz protesto, manifestação
E lá vou eu



Aqui se expandiu
E o terror já domina o Brasil
Faz denúncia olodum Pelourinho
E lá vou eu


A AIDS surgiu
E o terror já domina o brasil
Faz protesto Olodum Pelourinho
E lá vou eu

Brasil liderança
Força e elite da poluição
Em destaque o terror, Cubatão
E lá vou eu


Brasil Nordestópia
Na Bahia existe Etiópia
Pro Nordeste o país vira as costas
E lá vou eu


Nós somos capazes
Pelourinho a verdade nos trás
Monumento caboclo da paz
E lá vou eu

 
Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
E lá vou eu


Desmond Tutu
Contra o Apartheid lá na África do Sul
Vem saudando o Nelson Mandela
O Olodum



Fontes:
Um montão de coisas vem da cabeça deste diminuto Advogado e escritor de araque e restante
dos Portais O Diário e EBC
MÚSICA E CULTURA POPULAR - OLODUM, PELOURINHO E IMAGINÁRIO, Augusto de Sá Oliveira, FACOM/UFBA
Wikipédia

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Cine Praia Grande sem ar condicionado! O início do fim!

Pra começar a semana bem, nada como um bom filme no domingo à noite, correto? Não! Não aqui no Maranhão!

Assistir bons filmes aqui no Maranhão é uma tarefa extremamente árdua. Primeiramente pelo número de salas de cinemas que se dedicam à exibir filmes de qualidade, daqueles que fogem do esquema Hollywoodiano, que não possuem grandes orçamentos, mas que se apresentam como o que há de melhor na arte do cinema.

Aqui em São Luís você encontra apenas 2 (duas) salas de cinema que se dispõem a exibir bons filmes, sendo o Cine Lume (com uma sala apenas) e o Cine Praia Grande (também com uma única sala).

Com alguma exceção, e depois de muito garimpar, você até que consegue encontrar um bom filme sendo exibido nas salas dos "plexs" de shoppings da vida, o que por vezes se dá pelo período curtíssimo, não mais do que uma semana.

O Cine Lume, como todos devem ter visto, noticiou estar em dificuldades financeiras, e ameaçava encerrar suas atividades. Veja matéria clicando aqui. Nossa torcida é para que consiga encontrar uma saída.

Sobre o Cine Praia Grande, que pena, aquele ali se arrasta há anos. Sua única sala sempre com aquele já tradicional cheirinho de mofo, umidade, ácaro, e etc. Sem contar que ostenta, com bastante frequência, um público que nao chega à casa dos 2 dígitos. Lamentável.

Foto ilustrativa
Ontem, para a tristeza de todos, o Praia Grande estava funcionando sem os aparelhos de ar condicionado. Imagine então você, em uma sala de cinema, nas condições que eu já relatei acima, trancado por duas horas, sem ar condiconado. É um verdadeiro massacre ao seu corpo. Precisa gostar muito de cinema, ou o filme precisa ser muito bom também.

Eu, que sofro de renite, sinusite, otite e todo tipo de "ite" que você possa imaginar, tudo na velocidade 12, saí de lá já com sinais de que a semana não começaria boa. Dito e feito. Daqui a pouco vou ao hospital tomar uma dose cavalar de Hidrocortisona e/ou Loratadina na veia. Tudo por um bom filme!

Meu desabafo aqui não é uma denúncia, não mesmo! É apenas um apelo! Apelo à quem de direito. Para que possam ajudar a levantar aquele belíssimo espaço, que hoje está abandonado, sem incentivo, sem público, sem estrutura, sem nada!

São Luís é berço cultural dos mais consagrados no mundo, e não pode tratar seus espaços com aquele descaso. Portanto, mexam-se!

Fica o apelo!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Master Chef Merendeiras.. Lista das campeãs!!!

Concurso Melhores Receitas
 
Há quem diga que cozinhar é uma corrente do bem. A receita de uma preparação surge simples, passa de geração em geração e, a cada mão, torna-se ainda melhor. E quando as preparações são feitas e consumidas no ambiente escolar elas tornam-se ainda mais importantes, porque compõem a memória afetiva dos estudantes e desempenham um papel determinante no processo formativo.

Visando comemorar os 60 anos do PNAE, valorizar o papel das merendeiras e merendeiros e promover a formação de hábitos alimentares saudáveis, o MEC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação criou o CONCURSO "MELHORES RECEITAS DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR", que selecionou as receitas mais caprichadas de cada região, disseminando preparações saudáveis e saborosas em todo o país.
Além de uma premiação em dinheiro para as primeiras colocadas, as melhores receitas serão selecionadas e irão compor um um Livro a ser lançado.
Veja abaixo os nomes das vencedoras.

Nordeste (Salvador/BA) – Dejanira de Souza – receita: Abará de carne moída com aipim

Centro-Oeste (Iporá/GO) – Osmarina Pereira Assini – receita: Torta saborosa de batata doce com peixe

Norte (Parauapebas/PA ) – Maria Alerte da Silva – receita: Arroz de cuxá com charque

Sudeste (Santa Maria de Jetibá/ES) – Anilda Berger – receita: Bolo salgado de arroz da Anilda

Sul (Matelândia/PR) – Maria de Lurdes Fidélis – receita: Torta de arroz nutritivao
Com informações do Portal do FNDE

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Piauí vende até maxixe para o Maranhão

O Estado do Piauí tem o que chamamos de Tabuleiros Litorâneos, que nada mais é que a região nas margens do Parnaíba (rio parnaíba que é o 2º maior do nordeste), na qual são produzidos diversos alimentos, com destaque para a Uva (150 toneladas no último ano) e Melancia (36 toneladas), com destaque para a cidade de Parnaíba.

E pasmem, a cidade de São Luís importa do Piauí o total de 4 toneladas/mês de maxixe, isso mesmo, maxixe! Vergonhoso, não?


Veja abaixo Matéria que trata desse assunto.

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Parnaíba já produz uvas no Tabuleiros Litorâneos



Apesar do plantio da uva ter dado certo no Assentamento Marrecas, em São João do Piauí, no Sul do Estado, a plantação de uvas não se popularizou no território piauiense.

Até então, pois agora, a produção da fruta se expandiu para a região oposta, em Parnaíba (345 km de Teresina), no Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos.

As uvas produzidas no Norte do Piauí são a Itália melhorada, a Benitaka Brasil, Benitaka melhorada, a Crimson, a uva sem sementes, e a Thompson, plantadas pelo técnico agrícola Edeilson Alves Cardoso, que trocou o polo de fruticultura irrigada de Petrolina, em Pernambuco, pelos Tabuleiros Litorâneos, que fica nos municípios de Parnaíba e Buriti dos Lopes.

Ele vai iniciar o plantio da uva Vitória, que é sem sementes, mais resistente a um fungo muito agressivo na videira, o míldio, e à umidade.



Edeilson Alves Cardoso descobriu que no Piauí não precisa utilizar hormônios agrícolas que usava em Petrolina.

“Acho que a variedade de uva Vitória vai ser um divisor de águas no Piauí, um diferencial porque é muito resistente à umidade”, falou Edeilson Alves Cardoso, que disse que Petrolina é um grande centro produtor de frutas, mas foi para Parnaíba apostando na busca da inovação, de muitos estudos.

Segundo ele, a expectativa é que a produção de uvas nos Tabuleiros Litorâneos seja de 150 toneladas por ano nos três hectares que está plantando. Edeilson Alves Cardoso informou que dois outros fruticultores também vão plantar três hectares de uvas nos Tabuleiros Litorâneos e ele já começou a produzir mudas.

Edeilson Alves Cardoso descobriu que no Piauí não precisa utilizar hormônios agrícolas que usava em Petrolina. “Nós usamos uma dosagem menor, mas chegamos à conclusão de que temos que tirar todos os hormônios”, explica Edeilson Alves Cardoso.



Em sua propriedade no Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos, Edeilson Alves Cardoso também está plantando maxixe depois que descobriu que pode vender o legume a R$ 1,50 em São Luís (MA). São 3 mil plantas cultivadas por semana e uma produção de quatro toneladas de maxixe por mês.

Edeilson Alves conseguiu colher oito toneladas em seu primeiro plantio de 120 dias. Seu planejamento agora é plantar seis hectares de uva para colher 600 toneladas por ano da fruta, a partir de 2017.

Em sua propriedade no Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos, Edeilson Alves Cardoso também está plantando maxixe depois que descobriu que pode vender o legume a R$ 1,50 em São Luís (MA). São 3 mil plantas cultivadas por semana e uma produção de quatro toneladas de maxixe por mês.

Vindo de Petrolina, onde trabalhava na produção de uvas, o fiscal de campo Vaidinho Pompeu está trabalhando há quatro meses nos Tabuleiros Litorâneos.

“A plantação de uvas no Piauí está ótima, porque é possível produzir uvas de qualidade sem tantos defensivos agrícolas e hormônios, que são usados em Petrolina”, falou Vaidinho Pompeu, que está ganhando R$ 1,5 mil por mês e um percentual pelo resultado da produção de uvas.

Fruticultura no Piauí dá salto de produção.

A fruticultura do Piauí está dando um salto e seus resultados impressionam, conclui o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Francisco Limma. Limma afirmou que foi importante ter mantido por oito anos o plantio de uva no Assentamento Marrecas, no município de São João do Piauí, em área irrigada. Segundo ele, o Governo Federal, através da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento de Desenvolvimento Agrário), está fazendo a ampliação da área irrigada em mil hectares e concluído isso, certamente vai aumentar a plantação de uvas.

Francisco Limma declarou que os produtores estão plantando uvas nos municípios de Ipiranga e Oeiras. “A uva tem hoje uma tecnologia para seu cultivo, 100% domesticada, no semiárido. Hoje pode ser plantada em qualquer lugar porque tem variedades que se adequam a todas as regiões. É só uma questão de tempo para termos uvas à vontade”, declarou.

Outras frutas também têm ganhado destaque por sua produção, a exemplo do melão e melancia. Francisco Limma afirmou que as frutas estão sendo plantadas em larga escala ao longo do lago da Barragem de Pedra Redonda, em Conceição do Canindé, produção que está sendo exportada para vários estados, inclusive Pernambuco. No Perímetro Irrigado são produzidas acerolas, melancias, maxixes, uvas, cocos, goiabas, cajus, e hoje alguns pecuaristas estão criando gado para o corte.

Moisés Brito de Oliveira, cearense de Viçosa (CE), gerencia o plantio e a colheita de acerolas em propriedade de sua família no Perímetros Irrigado. Segundo ele, são produzidas cerca de 60 toneladas de acerolas por ano por cada hectare. As acerolas são vendidas para a multinacional Nitrilite, da área de alimentos.

“A produção é grande nos Tabuleiros Litorâneos porque o clima ajuda muito”, afirmou Moisés Brito de Oliveira, lembrando que a empresa de sua família, de 15 pessoas, emprega 20 trabalhadores. “O trabalho é grande, a correria é grande porque aqui tem que se correr para colher as acerolas, caso contrário, as frutas se perdem”, declarou Moisés Brito.

Fonte: Efrém Ribeiro/MN
Edição: Proparnaiba.com