quarta-feira, 23 de abril de 2014

Hallelujah Chorus

É gente, estou aqui no escritório, ainda! Aqui meu bobo marca 20h28min, e eu louco pra ir pra minha casa, e louco também pra fazer uma caminhada, mas cadê a disposição? Vou é pegar um jantarzinho e capotar, pois o cansaço me toma todas as forças, cansaço e também algumas chatiações naturais da Advocacia.

Na verdade passei aqui mesmo foi só pra avisar que essa semana vai estar bem difícil, e possivelmente eu pouco falarei com os amigos, já lamentando, pois quando fico longe do Blog parece-me faltar algo. É que ando muito ocupado, são inumeras petições, e tenho que dar conta também de todos os prazos da semana, aí ja viu né! Então, nada de Blog mais essa semana.

Outra coisa que acabo de lembrar, e tenho que falar, parece bobagem mas tenho que falar. É que hoje fiz uma cortesia com chapéu alheio, o que não é muito afeto à minha personalidade, mas fiz. Porém, foi por uma boa causa. Achei até bem engraçado e por isso conto a vocês.

Hoje pela manhã me encontrava no escritório, em momento de descontração, em pé, na porta mas do lado de dentro, olhando o movimento da rua, conversando com minha estagiária, e com uma amiga Advogada que está passando uns dias conosco, nos ajudando em algumas petições. Conversávamos sobre uns assuntos bobos, nem lembro muito bem, quando olhei um pregoeiro, sim, aquelas pessoas que passam vendendo algo na rua de porta em porta, geralmente verduras ou frutas, eu até já tratei disso no Blog, senão reveja clicando aqui.

O Senhor vendia bananas, tudo muto fresquinho, achei interessante, até mesmo por que já se passava das 11h da manhã, eu saíra de casa desde às 7h, tive que ir à Raposa fazer uma audiência em cima das 8h, e, portanto, e naturalmente, que a fome já me apertava.

Não pensei duas vezes, fui tratar com o cidadão, não sem antes perguntar pras meninas se elas queriam lanchar bananas no dia de hoje, elas, claro que sim. Pois conversei com o pregoeiro, negociamos, não houve desconto algum, mas ao final comprei as três bananas, isso mesmo, só três, e não me julguem.

Ele, percebendo que eu ainda estava de terno, logo me perguntou se eu era advogado, quando respondi que sim, ai foi me reclamar de um processo que tem ai e que o processo não anda e aquelas coisas que já estamos acostumados. Como de costume, pedi que ele tratasse do assunto com o Advogado que já está constituído nos autos, e que ele tivesse uma conversa franca com o mesmo a fim de que pudesse se tranquilizar.

Terminada a nossa negociação voltei para o escritório e começamos a lanchar, eu e a estagiária, a colega Advogada não quis, preferiu terminar logo a petição a qual se dedicava naquele momento, ela se deu mal.

Estávamos ainda saboreando nosso lanche quando entra no escritório desavisadamente um cliente, ok, sem problemas, continuei o lanche ali mesmo e em um conversa informal com o cliente/amigo. Ele fazia-se acompanhar por sua filha, uma linda garotinha, do tamanho da minha filha Mariana, e logo me engracei pela pequenina.

Terminada a conversa com o cliente, comecei a tratar com a criança, e nem preciso dizer da minha afeição pelas crianças, pois quem bem me conhece, sabe da minha paixão e do meu encanto por elas, e de como meus olhos brilham quando vejo uma criança perto de mim.

Conversei com a menina, ela tava cansada, vinha de uma longa caminhada da escola até o escritório, e em razão da hora, imaginei que ela estivesse com fome, pois era quase hora do almoço, então não pensei duas vezes, logo perguntei.

- Filhinha, você não tá com fome? Você gosta de bananas?

Ela, com o olharzinho tímido, respondeu que sim. Então, logo ela foi presenteada com a única que havia restado, e que supostamente tinha dona. O pai e a criança se despediram, foram embora. A criança bem mais feliz do que entrou. E me impressiona como as crianças se encantam com gestos tão simples.

Sei que quando voltei minha atenção para o escritório, a colega me olhava com um ar de exclamação, como que falasse, é fazer cortesia com o chapéu alheio é muito fácil né! Os risos nos confortaram por alguns instantes.

De certo que coisinhas assim do cotidiano de um escritório é que ajudam a melhorar nosso dia, pois a ficar o tempo todo na seriedade e nas cobranças de um Escritório de Advocacia, por certo que logo logo seríamos ai um dos pacientes de nossas casas psiquiátricas.

Na verdade, não sei o que me fez lembrar dessa história agora, nem tampouco o motivo de contá-la aqui pra vocês, mas como já digitei esse texto enorme, não pretendo mais perdê-lo, vai ficar ai.

Sim, mas voltando, minha motivação era mesmo só pra informar que possivelmente eu fique um pouco distante, em razão da correria aqui do trabalho, e também pra deixar pros leitores uma obra que ouvi na madrugada de ontem, um canção clássica de Handel, a famosíssima Hallelujah, ou Aleluia para os mais íntimos.

E assim, desejo a todos um restinho de semana abençoado, e se não nos falarmos até o domingo, desejarei também que todos tenham um lindo final de semana!!!

Beijos no coração, e deliciem-se abaixo com a obra de Handel.



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