sábado, 31 de janeiro de 2015

Como lidar com o autoritarismo de seu filho pequeno






Pequenos príncipes e princesas: é assim que muitas vezes os pais chamam carinhosamente os filhos. Até aí, não há nada de errado. O problema começa quando os filhos incorporam os papéis da "realeza", incentivados pelos pais, tornando-se verdadeiros "reis" e "rainhas" da casa e assumindo um comportamento autoritário. Para evitar que isso aconteça, os pais precisam, desde os primeiros meses de vida do bebê, estabelecer rotinas, limites e ensinar os filhos a esperar a hora certa de serem atendidos.

Crianças que desde o início da vida são acostumadas a ter todos os seus desejos e necessidades satisfeitos imediatamente podem crescer com a ideia errada de que devem ter sempre atendimento preferencial na vida. Veja as dicas dos especialistas para saber como agir e evitar que os filhos se tornem mandões.

1. A partir de qual idade deve se começar a educar o filho para que ele não se torne autoritário? De que forma se deve fazer isso?

Esse ensinamento começa nos primeiros meses de vida. É normal que as mães, ao ver o bebê chorando, queiram se apressar para satisfazer imediatamente seus desejos ou necessidades, dando colo ou amamentando, por exemplo. Mas elas devem aprender - e consequentemente ensinar aos filhos, por meio de suas ações - que há uma hora certa para tudo: não se deve demorar demais para atender o bebê, mas também não é necessário correr sempre para satisfazê-lo. "Tanto a mãe que atende às solicitações do bebê ansiosamente, achando que ele não "sobreviverá" à espera, como aquela que demora demais para atender, correm o risco de ter um filho mandão. Isso porque esse bebê poderá crescer inseguro de não ser atendido nunca ou egocêntrico a ponto de se achar a preferência do mundo. Deve-se atender a urgência dos filhos com calma e de acordo com as possibilidades", explica Aurélio Melo, professor de desenvolvimento humano do curso de psicologia da Universidade Mackenzie.

2. Crianças muito pequenas precisam de regras e limites?

Sim. Limites e regras devem ser estabelecidos desde cedo, respeitando, é lógico, a idade e o entendimento da criança. "Os pais não devem se culpar em impor limites. Os limites são elementos organizadores. Mas é importante estar atento para que eles sejam claros, coerentes e aplicados com constância", afirma a psicóloga clínica Elisa Villela, mestre e doutora em desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP). O professor de psicologia Aurélio Melo, da Universidade Mackenzie, acrescenta que os pais que não conseguem impor limites aos filhos, por se sentirem culpados de fazer isso, precisam fazer uma reflexão e rever os motivos desses sentimentos que os impedem de dizer "não" aos filhos.

3. Como estabelecer regras e limites para crianças pequenas?

Os limites e as cobranças devem respeitar a maturidade da criança. "Por exemplo: não se deve exigir que uma criança com menos de dois anos adquira o controle esfincteriano (ou seja, saiba controlar a vontade de evacuar). Os pais podem até treinar a criança, mas, por imaturidade física e emocional, provavelmente ela não conseguirá", afirma a psicóloga clínica Elisa Villela, mestre e doutora em desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP). Mesmo que a criança consiga fazer isso, ela poderá sofrer prejuízos emocionais posteriores. "Isso porque esse controle não terá sido alcançado pelo domínio do próprio corpo e sim por uma submissão ao desejo dos pais", diz Elisa. Segundo ela, a maioria dos pais, intuitivamente, sabe quando o filho está maduro para aprender algo novo. "Esta percepção algumas vezes fica afetada quando os pais sofrem pressões sociais para adequar seus filhos a um determinado padrão, forçando adaptações prematuras. Mas em geral os pais, e em especial as mães, devem sempre valorizar suas próprias sensações a respeito do quando e quanto exigir de seus filhos", diz.

4. Como evitar que os filhos se tornem autoritários, mas sem correr o risco de que se tornem o contrário, ou seja, submissos?

Tudo depende de como os pais exercem sua própria autoridade em relação aos filhos. Pais que não impõem limites podem criar filhos mandões e autoritários. "Por outro lado, pais excessivamente repressores podem gerar filhos obedientes, mas incapazes de desenvolver uma ética madura, ou seja, as crianças obedecem por medo e não pelo respeito. A autoridade saudável é aquela exercida com constância, impondo limites e ao mesmo tempo dando segurança às crianças", orienta a psicóloga clínica Elisa Villela, mestre e doutora em desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP).

5. Crianças autoritárias podem se tornar agressivas? Como lidar com isso?

Sim. Crianças que não são ensinadas a saber esperar e que não aprendem a obedecer regras e limites são também crianças mais sensíveis às frustrações. E, quando frustradas, podem reagir negativamente, muitas vezes de forma agressiva, fazendo escândalos ou tendo ataques de birra. "Quando a criança tem baixa tolerância à frustração tende a reagir agressivamente de forma a tentar controlar o ambiente, ou seja, a punir a pessoa ou o objeto que, a seu ver, está lhe fazendo sofrer", afirma a psicóloga clínica Elisa Villela, mestre e doutora em desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP). Portanto, segundo ela, é importante que os pais sejam firmes na aplicação dos limites e regras, mostrando que os filhos podem superar as frustrações. "Isso só os ajudará a se fortalecer e a ter uma visão mais realística de si, ou seja, a conhecer melhor suas capacidades e também suas limitações", diz Elisa.

Informações Portal Educar Para Crescer
Para evitar que os filhos se tornem mandões é preciso estabelecer limites desde os primeiros meses de vida

Desde cedo é preciso evitar que as crianças sejam autoritárias. Descubra como!



sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Saudades...

Acabei de ouvir aqui na AM.. hoje é Dia da Saudade.. legal, né!

Saudade que o Aurélio define como lembrança nostálgica, e, ao mesmo tempo, suave, de pessoa ou coisa distante ou extinta (essa definição eu já sabia).

Bom, se eu sinto saudades? Algumas apenas.

Fico por aqui, desejando um final de semana maravilhoso, e acariciando o coração de cada um de vocês.

Aproveita e curti aí o poema abaixo. Beijos!!!


Banco do Brasil e suas filas intermináveis!!!

Hoje foram quase 3 horas de espera.

Eu costumo reclamar das filas dessas agências bancárias, mas como as do Banco do Brasil, eu nunca vi. Hoje mais uma vez eu fui vítima dos péssimos serviços desse Banco, e pra piorar passei por uma cirurgia uns 10 dias atrás. Então imagine a nossa súplica!!!

Amigos, e olha que 3 horas é tempo suficiente pra eu me deslocar do meu escritório em São Luís/MA até o meu outro escritório em Viana/MA (210km separam as duas cidades).

Em dias atuais, nossas vidas são tão cheias de compromissos que não podemos perder meia hora sequer com coisas banais que nada nos acrescenta, imagina então, perder quase 3 horas em uma fila de Banco. Inexplicável.

Veja na figura abaixo que eu cheguei no Banco às 11h39min, sendo que somente fui atendido às 14h56min, uma verdadeira eternidade para n~´os que temos a agenda cheia.

Palhaçada! Banco do Brasil submete Advogado a quase 3 horas na espera por atendimento
Coisas que só acontecem no Brasil, serviços públicos de péssima qualidade, com autoridades (Procon, Promotoria do Consumidor, etc.) inoperantes.

Eu fui apenas efetuar o levantamento de uma alvará e efetuar um saque, duas operações simples, mas que me fizeram perder 3 hs de trabalho. A OAB, que poderia exigir dos Bancos um atendimento mais célere nessas operações de levantamento de Alvará, também nada faz, nada vê, é outra inoperante.

Clique na imagem e veja de forma ampliada a publicidade do Baile de Carnaval da OAB
Mas preciso dizer também, o Baile de Carnaval da OAB está com tudo em cima, a cerveja já está gelando, enquanto isso os Advogados estão sendo surrados pelo Banco do Brasil sem que o referido órgão de classe diga uma palavra sequer, apenas uma.

É a triste realidade da Advocacia no nosso não menos triste Maranhão!

domingo, 18 de janeiro de 2015

Como ajudar seu filho a enfrentar o medo?

Para que as crianças se tornem indivíduos independentes e seguros, elas precisam encarar seus temores. E o apoio dos pais é fundamental nesse desafio.

Os pais precisam transmitir segurança a seus filhos, aceitando seus medos e encorajando-os a enfrentá-los.

Medo todo mundo tem, não importa a idade. E é bom que seja assim. Sem esse sentimento, não desenvolveríamos a noção de perigo e o estado de alerta que nos salva de enrascadas. O medo faz parte de nosso instinto de sobrevivência, por isso o experimentamos desde muito cedo. No caso dos pequenos, o temor está relacionado à construção de autonomia. Surge quando a criança se vê como desencadeadora de acontecimentos. Ela começa a aprender a dimensionar os perigos, a se proteger e a cuidar de si mesma. "Esse é o aspecto saudável do medo. Ele só se torna um problema quando fica exagerado", afirma Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. 

O fato de ser algo natural, que faz parte do desenvolvimento infantil, não significa que o medo deva ser ignorado ou subestimado. Achar graça dos medos infantis ou simplesmente dizer para a criança que ela não tem motivo para ter medo, não ajuda em nada. Pelo contrário, pode até aumentar a angústia dos pequenos. Para que a criança aprenda a lidar de maneira saudável com seus receios, o papel dos pais é fundamental. Eles precisam transmitir segurança a seus filhos, aceitando seus medos e encorajando-os a enfrentá-los. 

"Os pais devem fortalecer o diálogo e permitir que os filhos expressem seus temores", diz Susana Orio, psicóloga clínica e coordenadora da unidade infantil do colégio Madre Alix, em São Paulo. Ela explica que os adultos devem buscar explicações sinceras para as inseguranças dos filhos e, às vezes, até embarcar na fantasia para apresentar soluções que convençam os pequenos.

Sentir medo faz parte do desenvolvimento infantil. As crianças podem demonstrar temores diferentes de acordo com suas vivências, seu temperamento e até a influência de sua família, mas alguns receios costumam surgir com mais frequência em certas fases. Confira abaixo os medos mais comuns em cada idade e também dicas de como ajudar seu filho a superá-los.

Veja:






Veja a seguir respostas para as dúvidas mais comuns dos pais na hora de ajudar os filhos a lidar com o medo.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Tudo errado! Professora é presa por tráfico de drogas.


Não é nossa intenção acabar com a felicidade do seu domingo, não mesmo. Mas é no mínimo de nos deixar preocupado a notícia abaixo. Uma professora, com nível superior foi presa na cidade de Santa Rita sob a acusação de envolvimento com tráfico de entorpecentes.

Estamos caminhando para um tempo de desgraças, um tempo de uma completa inversão de valores. A onda da vez é viver à margem da sociedade. A ordem é enganar. Mentir gratuitamente, Praticar crimes apenas por vaidades. Matar pessoas por motivos cada vez mais banais. Destruir famílias por míseros trocados. Tristeza sem fim.

Veja abaixo a matéria.

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Professora e mais seis são presos por tráfico de drogas em Santa Rita


professora drogasUma operação policial prendeu sete pessoas, sendo uma delas uma professora da rede municipal, em Santa Rita.
A operação Santa Rita Sem DrogasII contou com cinquenta policiais. Foi apreendida uma grande quantidade de droga, celulares e dinheiro.
Todos os presos serão encaminhados para a Delegacia Regional de Rosário, sendo que as mulheres serão transferidas para o presídio feminino.
Segundo a polícia a professora, que possui duas formações em nível superior, comercializava drogas para os adolescentes.

Informações do Portal do Munim

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Keep your distance

É necessário que nós advogados tenhamos muito cuidado no tato com nossos clientes, e não clientes também. Lembro-me de uma velha parábola. Conta que um Dentista que era acostumado fazer pequenas 'consultas', no meio da rua, apenas olhava e, quando possível, dava ali mesmo o seu disgnóstico, e pedia para o cliente passar no dia seguinte no seu consultório.

Essa historinha é apenas para ilustrar o quão gravosa é essa nossa conduta, e o quão nociva ela pode vir a ser para o nosso trabalho.

Continuando, o Dentista da história, de tanto atender pessoas na rua, certa vez, encontrava-se na feira, quando um antigo paciente o encontrou, e não perdendo a oportunidade, lhe disse.. Dr. eu estou sentindo uma dorzinha aqui no meu dente, que tá pra me matar. Daí o cidadão foi logo abrindo a boca e pedindo pro Dentista olhar seu dente latejante. Isso mesmo, bem ali na feira.

Em dias atuais essa historinha se repete vez ou outra. O que facilita bastante a vida do cliente, e claro, o que veio pra facilitar é pra ser utilizado sim, mas com cautela e bom senso.

Dito isso, tenho que as novas tecnologia são os meios que nossos clientes têm para estarem próximos a nós Advogados. Mas tenho também que cabe ao profissional delimitar essa aproximação, impondo, de forma urgente, alguns limites.

O WhatsApp é uma ferramente de comunicação espetacular. Com ele se consegue prontamente mobilizar um Advogado, de onde estiver o suposto/possível cliente, basta uma conexão mínima com a Internet. Imagine, uma pessoa está em uma praia, e uma mesa de bar, e surge a discussão sobre determinado assunto, e para dirimir a dúvida alguém resolve mobilizar um conhecido Advogado. Então a pessoa acessa o aplicativo e constata que o Advogado também possui WhatsApp, e logo dispara uma mensagem com a sua dúvida.

O Advogado, pensando se tratar de um possível cliente, responde com toda cortesia, tira a dúvida do suposto cliente, coloca seu escritório à disposição, encaminhando inclusive os contatos para que posteriormente a pessoa marque um horário. Não sabe ele que a pessoa está utilizando de seu trabalho para fazer gracinhas em uma mesa de bar. Lamentável.

Hoje vejo que o WhatsApp é para o Advogado o que a feira foi para aquele Dentista, e portanto, meus amigos, é hora de se tomar uma providência, antes que você passe as manhãs respondendo mensagens desse aplicativo, e no final do mês, não tenha dado uma consulta sequer.

O que me levou a essa reflexão foi uma situação que passei na manha do dia de hoje. Eu, na verdade, há tempos estava repensando alguns posicionamentos quanto a meu trabalho, e penso que chegou a hora. Hoje estava em meu escritório elaborando algumas petições quando me chega uma mensagem no WhatsApp. Era uma antiga cliente, indagando sobre seu processo. Esta cliente sempre foi atendida por mim via WhatsApp, eu sempre fiz essas consultas por meio desse aplicativo a todos os clientes que me chamam, e sempre de forma cordial. Então informei a situação do caso. Ela insatisfeita me veio com alguns impropérios (tudo via WhatsApp), inclusive me culpando pela lentidão da Justiça, isso mesmo, agora o Advogado tem que sentar na cadeira do Juiz e despachar o processo também. E mais, tudo com base em uma consultoria que ela tinha feito, PASMEM, com o Serventuário do Fórum. Eu mereço!!! Passei anos e anos estudando para ter o meu trabalho contestado pelo Servidor do Judiciário do Maranhão, sem demérito a quem quer que seja. Absolutamente.

Finalizei a conversa repreendendo a cidadã por sua postura desrespeitosa, e informando a ela que não mais iria atendê-la via aplicativo, e que quando surgissem dúvidas que ela marcasse um horário no escritório. Encaminhei os contatos do escritório e finalizei o papo.

Mas isso me fez antecipar decisão que há tempos eu já deveria ter tomado. Dia desses um amigo me alertou, dizia ele.. Fábio, celular do trabalho, na hora que você sair do escritório, deve desligá-lo, e mais, não instale esse negócio de Zap nele nao, nem faça consultoria por telefone, mensagem ou zapzap, seja cliente ou não. No máximo utilize para se por à disposição e para pedir que o cliente te procure no escritório.

Ele justificou dizendo que quando a pessoa se dispõe a ir em seu escritório, é por que de fato ela tem um problema, e realmente busca a opinião de um profissional. Até mesmo por que ninguém em sã consciência vai até um escritório apenas para tirar a dúvida sobre uma conversa que surgiu em uma praia, um bar ou uma roda de amigos. Para isso existe o Google. E é bem isso que alguns têm feito, têm utilizado-se dos serviços e cordialidade de alguns colegas como se Google fosse.

Naturalmente que é em razão da comodidade que se utilizam desse expediente, alguns nem se dão conta de seu erro, e entendo também que não é por maldade, mas temos que concordar que também não há justiça em se tirar o profissional de seu trabalho para se tirar dúvidas sobre uma bobagem, ou apenas para lhe dizer coisas impensadas.

Diante disso, não sei meus colegas de profissão, mas eu colocarei em prática, e muito em breve, algumas mudanças em minhas rotinas de trabalho, tudo apenas para ter mais tranquilidade, e desenvolver melhor meus a fazeres, evitando que alguém acabe por conseguir me tirar a concentração apenas por que lhe surgiu uma dúvida banal quando papeava com uns amigos.

Essa foi apenas uma reflexão para uma sexta-feira de sol.

Beijo no coração e tenham todos um excelente final de semana!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Justiça Restaurativa: o juiz Asiel Henrique de Sousa explica...








Justiça Restaurativa: o juiz Asiel Henrique de Sousa explica o que é e como funciona


Solução inteligente – Em funcionamento há cerca de dez anos no Brasil, a Justiça Restaurativa tem se expandido pelo país. Conhecida como uma técnica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores, a prática tem iniciativas cada vez mais diversificadas e já coleciona resultados positivos. 

Em São Paulo, a Justiça Restaurativa tem sido utilizada em dezenas de escolas públicas e privadas, auxiliando na prevenção e no agravamento de conflitos. No Rio Grande do Sul, juízes aplicam o método para auxiliar nas medidas socioeducativas cumpridas por adolescentes em conflito com a lei, conseguindo recuperar para a sociedade jovens que estavam cada vez mais entregues ao caminho do crime. No Distrito Federal, o Programa Justiça Restaurativa é utilizado em crimes de pequeno e médio potencial ofensivo, além dos casos de violência doméstica. Na Bahia e no Maranhão, o método tem solucionado os crimes de pequeno potencial ofensivo, sem a necessidade de prosseguir com processos judiciais.

A Justiça Restaurativa é incentivada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio do Protocolo de Cooperação para a difusão da Justiça Restaurativa, firmado em agosto com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). 

Pioneiro na implantação do método no País, o juiz Asiel Henrique de Sousa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) explica, na entrevista concedida à Agência CNJ de Notícias, como funciona essa prática e compartilha alguns bons resultados da aplicação da Justiça Restaurativa no Distrito Federal.

O que significa Justiça Restaurativa?

Costumo dizer que Justiça Restaurativa é uma prática que está buscando um conceito. Em linhas gerais poderíamos dizer que se trata de um processo colaborativo voltado para resolução de um conflito caracterizado como crime, que envolve a participação maior do infrator e da vítima. Surgiu no exterior, na cultura anglo-saxã. As primeiras experiências vieram do Canadá e da Nova Zelândia e ganharam relevância em várias partes do mundo. Aqui no Brasil ainda estamos em caráter experimental, mas já está em prática há dez anos. Na prática existem algumas metodologias voltadas para esse processo. A mediação vítima-ofensor consiste basicamente em colocá-los em um mesmo ambiente guardado de segurança jurídica e física, com o objetivo de que se busque ali acordo que implique a resolução de outras dimensões do problema que não apenas a punição, como, por exemplo, a reparação de danos emocionais.

Quem realiza a Justiça Restaurativa?

Não é o juiz que realiza a prática, e sim o mediador que faz o encontro entre vítima e ofensor e eventualmente as pessoas que as apoiam. Apoiar o ofensor não significa apoiar o crime, e sim apoiá-lo no plano de reparação de danos. Nesse ambiente se faz a busca de uma solução que seja aceitável. Não necessariamente o mediador precisa ter formação jurídica, pode ser por exemplo uma assistente social.

A Justiça Restaurativa só pode ser aplicada em crimes considerados mais leves?

Não, pode também ser aplicada aos mais graves. No Brasil temos trabalhado ainda, na maioria das vezes, com os crimes mais leves, porque ainda não temos estrutura apropriada para os crimes mais graves. Em outros países até preferem os crimes mais graves, porque os resultados são mais bem percebidos. A diversidade de crimes e de possibilidades a serem encontradas para sua resolução é muito grande. Vamos supor que, após um sequestro relâmpago, a vítima costuma desenvolver um temor a partir daquele episódio, associando seu agressor a todos que se pareçam com ele, criando um “fantasma” em sua vida, um estereótipo. Independentemente do processo judicial contra o criminoso, como se retoma a segurança emocional dessa pessoa que foi vítima? Provavelmente se o ofensor tiver a oportunidade de dizer, por exemplo, porque a vítima foi escolhida, isso pode resolver essa insegurança que ela vai carregar para o resto da vida. 

Mas a Justiça Restaurativa implica o não cumprimento da pena tradicional?

Não, as duas coisas podem ser e frequentemente são concomitantes. O mediador não estabelece redução da pena, ele faz o acordo de reparação de danos. Pode ser feito antes do julgamento, mas a Justiça Restaurativa é um conceito muito aberto. Há experiências na fase de cumprimento da pena, na fase de progressão de regime etc. Mas nos crimes de pequeno potencial ofensivo, de acordo com artigo 74 da Lei n. 9.099, de 1995, o acordo pode inclusive excluir o processo legal. Já quando falamos de infrações cometidas pelo público infantojuvenil há outras possibilidades como a remissão ou a não judicialização do conflito após o encontro restaurativo e o estabelecimento de um plano de recuperação para que o adolescente não precise de internação, desde que o resultado gere segurança para a vítima e reorganização para o infrator. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, por exemplo, há juízes com larga experiência na Justiça Restaurativa com adolescentes, por meio de um processo circular e desritualizado, mais lúdico.

Qual é a diferença da Justiça Restaurativa e da conciliação?

Em comum, podemos dizer que não são processos dogmáticos. No entanto, a conciliação é mais voltada para resolver questões de interesse econômico. Os conciliadores se permitem conduzir um pouco o processo para resultados mais efetivos; a conciliação acontece com hora marcada na pauta do tribunal. Já na mediação realizada pela Justiça Restaurativa não é possível estabelecer quando vai acabar, pode demorar dias, meses, até se construir uma solução. Na medida em que você tem um conflito de maior gravidade, que traz uma direção maior de problemas afetados, é preciso dedicar mais tempo. A vítima tem espaço para sugerir o tipo de reparação. O crime gera uma assimetria de poderes: o infrator tem um poder maior sobre a vítima, e a mediação que fazemos busca reequilibrar esses poderes, mas não invertê-los. Os envolvidos podem ir com advogados, embora ao advogado seja reservado um papel muito mais de defesa da voluntariedade de participação e dos limites do acordo, para que este represente uma resposta proporcional àquela ofensa.

O senhor poderia nos contar um caso interessante aqui do TJDFT?

Há um caso recente que ocorreu em uma zona rural aqui do Distrito Federal, que era relativamente simples: dois vizinhos que brigavam em relação aos limites da terra ajuizaram um processo que foi resolvido na vara cível, confirmado no tribunal, mas depois continuaram a brigar pelos limites das águas de uma mina. Aquele conflito terminou desenvolvendo para a morte de alguns animais de uma das chácaras, feita supostamente por um dos vizinhos, além de ameaças, e decidimos encaminhá-lo para a Justiça Restaurativa. A solução foi muito interessante. A equipe entendeu por chamar para participar a Agência Nacional de Águas (ANA) e a ONG ambiental WWF, que trouxe como sugestão um programa chamado apadrinhamento de minas. Então aqueles dois confrontantes terminaram fazendo um acordo de proteção pela mina e ficaram plenamente satisfeitos com a solução. Tratava-se de um conflito que já estava na Justiça há mais de dez anos e que, embora com a solução já transitada em julgado, as coisas estavam se encaminhando para um desfecho trágico. Ou seja, a Justiça tradicional resolveu apenas um espectro do problema, o jurídico, mas as demais questões em aberto continuaram se acumulando, até que foi feito esse acordo criativo pelo Programa Justiça Restaurativa do TJDFT.

Então a Justiça Restaurativa não retira o direito de a pessoa recorrer à Justiça tradicional?

A intervenção restaurativa é suplementar: de par com o processo oferecemos um ambiente para resolver demais problemas relacionados com o conflito. Nada impede que você tenha uma iniciativa, como com adolescentes infratores, que exclua o processo. Primeiro buscamos uma persuasão, depois dissuasão e só depois mecanismos de interdição, que seria a internação. Persuasão significa abrir o ambiente para uma negociação direta entre as partes. Se isso não for alcançado, usamos mecanismos dissuasórios, que seriam um misto de acordo com possibilidades de uma resposta punitiva e, se isso tudo não funcionar, daí sim partimos para outros mecanismos.

Qual é o maior benefício da Justiça Restaurativa?

Em muitos casos, essas iniciativas alcançam a pacificação das relações sociais de forma mais efetiva do que uma decisão judicial.

Agência CNJ

Caloi

Em 1898 - Desembarca em terras brasileiras Luigi Caloi, um italiano cujo sonho era fazer a melhor bicicleta, com a tecnologia mais avançada que alguém pudesse imaginar. 1898 - Juntamente com seu cunhado (Agenor Poletti) fundam no mesmo ano a Casa Luiz Caloi situada na Rua Barão de Itapetininga Nº 152 centro de São Paulo. 1924 - Luigi Caloi faleceu. Os filhos Guido, Henrique e José Pedro se associam e alteram o nome da empresa para Casa Irmãos Caloi (IRCA). 1928 - Dissociação dos Irmãos Caloi. Guido dá seqüência ao negócio e Henrique e José Pedro dedicam-se a abrir uma firma de acessórios para bicicletas. 1945 - Com as dificuldades de importação por causa da II Guerra, a Casa Luiz Caloi passou a produzir as suas próprias peças em um barracão no bairro do Brooklin. 1948 - Mesmo com a volta da importação com o término da Guerra. Guido mantém sua fabricação e dá-se início a constituição da Indústria e Comércio de Bicicletas Caloi S.A. 1955 - Ano em que o Sr. Guido Caloi falece, dando lugar à 3ª geração da família na direção da indústria, o Sr. Bruno António Caloi. 1960 - Período de importantes lançamentos de produtos como a linha Fiorentina e os modelos dobráveis e as Berlinetas. 1970/80/90 - Consolidação e expansão da marca no mercado brasileiro e internacional. 1990 - Caloi inaugura uma subsidiária nos Estados Unidos (Caloi, Inc). Localizada em Jacksonville, na Flórida, a Caloi começa a comercializar bicicletas no mercado americano. 1997 - A Caloi expande seus negócios, entrando no segmento de Home Fitness. Lança uma linha de equipamentos de ginástica com esteiras e bicicletas ergométricas.

Portal das bicicletas antigas
PESQUISA E MONTAGEM, GIL (Agradecimentos ao amigo Hélder Paulino pelas fotos do catálogo)

domingo, 4 de janeiro de 2015

Coisas para fazer em 2015

1. Andar de catamarã;
2. Viajar com Mariana;
3. Comprar uma bike;
4. Fazer um curso de culinária;
5. Renovar o guarda roupas;
6. Experimentar aquilo que afirmo nao gostar, mesmo sem nunca ter provado (juçara, ameixa, brócolis, alcaparras, beterraba, abobrinha, sushi, mocotó...);
7. Instituir uma confraria do vinho;
8. Assinar uma TV a cabo;
9. Lavar meu carro;
10. Cobrar quem me deve;
11. Pagar quem eu devo;

sábado, 3 de janeiro de 2015

O velho feliz ano novo!

Bom.. bom dia gente!

Estou em débito com vocês eu sei, tenho andado distraído, impaciente e indeciso...* talvez por isso a minha ausência aqui nesse espaço, mas não se preocupem, já coloquei como meta para 2015 retomar minha frequência de postagens aqui no Blog, e que seja pelo menos como antes, no mínimo uma ou duas por dia.

Dito isso, preciso dividir uma reflexão aqui com vocês. Nos últimos dias o que mais se ouviu foi exatamente a expressão Feliz Ano Novo, ou Feliz 2015, o que é bem natural até, isso por que estamos iniciando um ano, e junto com ele algumas expectativas, alguns medos, algumas mudanças, alguns sonhos a serem realizados, e muito mais né!

Bom, mas analisando algumas cenas extraídas do cotidiano, tenho que de fato precisamos de um legítimo ano novo. Não só aquele desejo de ano novo de tapinha nas costas, abraços e tilintar de taças, não! Deixemos também velhas práticas de lado, senão de nada vai adiantar o seu desejar 'Feliz Ano Novo'. Nada vai adiantar se empanturrar de Uva, Lentinha, Porco, por que fuça pra frente (sic), vestir amarelo, branco, ou o escambau! Nada! Balela! Tudo em vão, se tuas práticas forem as mesmas.

O que me levou a esse pensamento foi que no dia trinta e um, eu voltava pra casa com Mariana, e um cidadão, tentava no trânsito me ultrapassar de todas as maneiras. Eu não consegui abrir passagem para o apressado em razão do fluxo de veículos, e segui por cerda de um quilometro na frente do Schumacher.. até que na rotatória do Caolho, eu abri passagem e ele conseguiu, conseguiu não!!! Na verdade ele até poderia ultrapassar, mas preferiu emparelhar comigo e proferir uma série de xingamentos impublicáveis, com gestos obscenos e tudo mais.

Mariana percebeu que ele se dirigia a mim, e perguntou se era meu amigo, eu disse que sim, ela não percebeu que ele estava era me xingando.

Eu continuei meu caminho, fingindo que não era comigo, até mesmo por que Mariana estava no carro, mas claro, não só por isso, pois se estivesse sozinho também faria o mesmo, pois como diz Scar**, em matéria de força bruta eu não sou um legítimo representante da espécie.

Mas eu tenho uma certeza, um cidadão desse, quando o relógio bateu a meia noite, foi dos mais animados e festivos a desejar Feliz Ano Novo a todos os presentes!!! Agora me diz uma coisa, como? Como se esperar um ano novo se continuamos com nossas velhas práticas, velhos hábitos, velhos conceitos, velhas preguiças, velhas idéias, enfim, velho tudo!!

O máximo que conseguiremos é um 2015 igual ao 2014, 2013, 2012..., e nada mais.

Eu vou seguir aqui, tentando fazer a minha parte para construir o meu 2015, e espero contar com a ajuda de cada um!!

Beijo carinhoso no coração de vocês, e sejamos então os atores desse tão sonhado Ano Novo!!!

Feliz 2015!!!

Trecho da música Quase Sem Querer da Legião Urbana *
Personagem vilão do filme Rei Leão 1 *